MINHA HISTÓRIA - quem eu sou

julho 16, 2023


Olá, tudo bem?

Vou começar me apresentando.

Eu sou a Juline Marconato, sou mãe de 2, do Asaph que nasceu de um parto natural hospitalar no SUS (já tem um poste com o relato aqui no blog), e do Mikhael que nasceu em casa, num parto domiciliar planejado.

Sou gaúcha, nascida em Porto Alegre/RS, mas em 2001 nos mudamos para Curitiba(PR) e atualmente moro na região metropolitana, na Fazenda Rio Grande, no estado do Paraná.

Já cursei Tecnologia em Secretariado Executivo na UFPR, mas não me formei.

Apaixonada e estudando sobre parto e amamentação, desde 2014.

Sou Doula, formada desde maio de 2017, pela escola de profissões SEDUCINTEC.


Arquivo pessoal:
Arquivo pessoal: minha formação de doula em 2017

Por 1 ano fiz parte de uma equipe de doulas voluntárias na Maternidade Bairro Novo referência em parto humanizado no SUS em Curitiba.

Arquivo pessoal:  equipe de doulas voluntárias no Encontro de Mães da Maternidade Bairro Novo

Tenho certificação em Manejo Clínico em Aleitamento Materno pelo Hospital do Trabalhador e pelo Hospital e Maternidade Nossa Senhora Aparecida em FRG, oferecendo apoio à amamentação no pós-parto.

Em 2019 me formei Educadora Perinatal, porquê amo e acredito na educação como ferramenta para o empoderamento das mulheres e famílias, da gestação ao pós-parto.

Sigo buscando sempre novas capacitações para oferecer mais alternativas às mulheres que acompanho. 

Hoje atuo como doula e educadora perinatal, através de consultorias pré-parto, doula de parto e pós-parto.

Sou também professora no Curso de Formação de Doulas na Faculdade Eleven, onde atuo doulando novas doulas e acompanhando muitos renascimentos. 

Arquivo pessoal:  formação da minha segunda turma de doulas em 2018

ATIVISMO – mulher, mãe e doula

Minha luta na busca por informação começou com uma simples frase dita pela enfermeira obstetra na visita a maternidade: “O PARTO É SEU”.

Na visita a maternidade, a equipe nos colocou para assistir o promocional de 8 minutos do documentário O Renascimento do Parto. Foi o suficiente. (1)

Tem noção do que é um belo dia você saber que SIM, o protagonismo é SEU, só seu. E que todo um sistema de saúde, seja público ou particular, tirou o poder sobre o nosso corpo?

Corri procurar páginas e grupos no Facebook com o tema PARTO NORMAL.

Até que descobri os termos: humanização, parto humanizado, respeito, parto natural, evidências científicas, intervenções desnecessárias, cesárea com real indicação, recepção ao recém nascido, empoderamento, direitos, escolhas, etc.

Na mesma época, em 2014, saiu o estudo da FIOCRUZ:

“O estudo, o maior já realizado sobre parto e nascimento no Brasil, revela que a cesariana é realizada em 52% dos nascimentos, sendo que, no setor privado, o valor é de 88%. A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é de que somente 15% dos partos sejam realizados por meio desse procedimento cirúrgico”.

Larguei o plano de saúde, pois não disponibilizavam nenhum ginecologista obstetra (GO) humanizado.

Com 20 semanas e GO querendo agendar a cesárea, fugi para o SUS e consegui meu suado parto. Na posição de 4 apoios, na cama do pré-parto, nasceu Asaph Henrique. Depois de brigar com plantonista e ter ao meu lado uma enfermeira obstetra bem parteira, que me disse que estava tudo e nos amparou, uma equipe que (apesar da plantonista) nos  respeitou. O parto foi como eu queria, mas a separação após o nascimento me causam tristeza até hoje.

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Minha doula (Anaceli) e eu Foto: Mônica Lachman – Fotografia

Meses depois descobri que estava grávida. Chegou o Mikhael, nosso bebê surpresa, num parto domiciliar planejado, uma gestação de risco habitual e muito tranquila.

Pari na sala de casa, dentro da piscina, pude curtir meu expulsivo (momento da saída do bebê) com calma e ele veio direto para o meu colo, mamou e só saiu depois de longos minutos.

Tive minha doula ao meu lado o tempo todo, proporcionando uma recepção tranquila e respeitosa ao meu filho.

Os partos dos meus filhos foram as experiências mais maravilhosas da minha vida!

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Foto: Mônica Lachman – Fotografia

Em breve posto meu relato de parto…

UMA NOVA PROFISSÃO

Antes de engravidar estava estudando secretariado, fiz estágio na área, era uma profissão que eu realmente amava e  ainda é uma profissão que eu admiro muito. Durante a gestação tranquei a matrícula da graduação.

Após o nascimento dos meus dois filhos a expectativa do que fazer da minha vida, junto com a maternidade vieram muitas dúvidas e uma vontade absurda de fazer algo que fosse importante não só para mim, mas para a sociedade.

Aquela Juline já não cabia mais em mim. Mas o que fazer?

Eu comecei a entender e aprender sobre feminismo. Minha licença maternidade foi “solicitada” antes da hora para não perder o emprego, vi que seria impossível amamentar em livre demanda um bebê de 1 mês e senti o pânico que seria voltar a trabalhar antes dos 6 meses de aleitamento materno exclusivo, que é o mais indicado.

Não retornei ao trabalho e reconheço que fui privilegiada em poder largar a vida profissional e ficar em casa com as crianças. Mas também sabia que me recolocar no mercado de trabalho com 2 filhos pequenos seria muito difícil.

Meu desejo jamais foi ser a “dona de casa” para sempre, fui durante o tempo necessário.

juline-marconato

Nesse meio tempo, já fui revendedora de jóias, aprendi artesanatos. Empreender é a opção que continua me movendo.

Mas minhas leituras sobre parto e interação com outras mulheres que desejavam parir continuavam frequentes e aquela pulguinha atrás da orelha dizendo…

Por que não tentar?

SOBRE SER DOULA

Hoje ser doula é mais que uma missão, é profissão, é responsabilidade, ética, cuidado, é fazer meu trabalho com qualidade. Buscando sempre capacitação, atualização e reconhecimento.

Ser doula me move a olhar cada mulher de forma única, com empatia, sororidade, acolhendo suas emoções, medos, dores e motivações.

Os encontros pré-parto, cada fase do trabalho de parto, aquela conversa no pós-parto sobre as expectativas e o como foi a experiência, as palavras de gratidão e o reconhecimento do trabalho.

doula-Arquivo pessoal: Eu e minha primeira cliente/doulanda Aline Pontes gestando o Benjamin, foto após um dos encontros pré-partos e pintura gestacional. Uso de foto autorizada em contrato.
Arquivo pessoal: Eu e minha primeira cliente/doulanda Aline Pontes gestando o Benjamin, foto após um dos encontros pré-partos e pintura gestacional. Uso de foto autorizada em contrato.

Eu sempre digo que ter uma doula no meu parto foi o que me inspirou a ser uma doula cada vez melhor, pois vi na prática como nosso trabalho é sim importante para a mulher que o deseja.

O QUE É SER DOULA? QUAL A MINHA MISSÃO?

É acreditar no protagonismo da mulher, no direito de escolha, na tutela sobre o próprio corpo.

Na capacidade de gestar, parir e/ou nutrir.

Acreditar no parto como um evento fisiológico.

Que cesárea necessária é uma ferramenta maravilhosa para salvar vidas.

Que não há escolha real sem informação, então eu estou aqui para apoiar você mulher e quem a estiver acompanhando nesta jornada, auxiliando para receber informações de qualidade e embasadas cientificamente, a indicar profissionais e locais que possam proporcionar uma assistência humanizada.

Acredito no apoio emocional em uma cesárea necessária.

Eu apoio a escolha informada da mulher, quando estas não ferirem ao código de ética profissional, ou seja, eu doula incentivar e acompanhar parto domiciliar planejadamente desassistido ou cesáreas eletivas sem real indicação que sabidamente coloquem em risco aumentado o binômio mãe-bebê.

Acredito numa recepção mais respeitosa ao recém-nascido, sem intervenções desnecessárias, de forma dolorosa, invasiva, fria. Respeitando a primeira hora de vida, em contato pele-a-pele com a mãe e primeira amamentação.

Eu sempre serei aquela que vai dizer: você pode, você consegue, empodere-se, estude, O PARTO É SEU.

E se mesmo assim sucumbir ao sistema que não informa, que não garante um parto com dignidade, em uma sociedade em que a cultura é fazer cesárea sem indicação clínica por medo do parto, que torna normal a violência obstétrica, que pratica parto violento para vender cesáreas desnecessárias, que engana…

Eu estarei lá para oferecer meu abraço e o meu apoio.

Eu serei sua doula.

E você? Já conheceu uma doula? Já teve a oportunidade de ter uma lhe acompanhando? Conte sua experiência nos comentários.

Está à procura de uma doula?

Minha área de atendimento:  Fazenda Rio Grande – Curitiba e Região Metropolitana.

Pode entrar em contato pelo comigo no e-mail doulajulinemarconato@gmail.com

Para conhecer mais do meu trabalho meu Instagram é @doulajuline e minha página no Facebook é @doulajuline

Aguardo o seu contato,

Proibido a cópia deste texto. Apoie meu trabalho e compartilhe com os devidos créditos.

*Texto escrito originalmente para o blog Casa da Doula em 20/01/2018

Links e referências:
(1)Vídeo promocional do documentário “O Renascimento do Parto”: https://www.youtube.com/watch?v=3B33_hNha_8

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